Uma obra fundada pelo Bom Deus

Por Benedito Domingos
Membro da Conferência Sagrada Família
Poços de Caldas-MG

« Efetivamente, se verificarmos os primeiros dados que possuímos sobre a nossa fundação, esta nunca será compreendida sem o conhecimento de que foi Le Taillandier o primeiro que teve a idéia de se reunirem para ajudar os pobres. Nunca se compreenderá a história da Sociedade, se não assumir que foi Bailly quem assegurou os primeiros passos da associação recém-nascida e, possivelmente, quem fez com que os fundadores escolhessem São Vicente como futuro Patrono.
Nunca se entenderá a história da Sociedade se não sabemos que a primeira Regra que a regeu foi concebida por Lallier, na época Secretário-Geral, e que o Prólogo foi escrito integralmente por Emmanuel Bailly.
Não se entenderá, sem compreender e aprofundar a contribuição da Irmã Rosalie Rendu ao grupo que nascia, com o exemplo e o conhecimento do seu bem-fazer como fiel discípula de São Vicente. Nela, os primeiros confrades encontraram, de novo, a figura do seu Santo Patrono.
Como tampouco se entenderia sem a contribuição do Beato Frederico Ozanam e a sua clareza perante as primeiras crises de identidade que se manifestam à Sociedade nas suas primeiras décadas. Talvez que a ele, a Frederico Ozanam, lhe devamos mais que a qualquer outro dos confrades da primeira hora: o ter-nos mantido como uma Insttuição exclusivamente laical.
Portanto, em nenhum esteve a ‘exclusividade’ de Deus para ser considerado único fundador. De acordo com o que se mantinha nas primeiras décadas posteriores à nossa fundação, creio firmemente que este papel reservou-o para Si o Bom Deus e é a Ele a quem corresponde, claramente, o título de Fundador ».

Trecho da Carta-Circular do
presidente mundial da SSVP,
José Ramón Díaz-Torremocha,
de 30 de junho de 2007.